Comentários e opiniões sobre a actualidade nacional e internacional, económica e não só.

Segunda-feira, 16 de Junho de 2008
O Tratado de Lisboa. O Terrorismo Social

Tratado de Lisboa

As causas para o "Não" de menos de 1 milhão de irlandeses ao Tratado de Lisboa foram uma mistura de política interna e mentira. Era essa a razão porque partidos como PNR, PCP ou BE queriam o referendo cá. Entre a mentira e a demagogia esperavam a abstenção milagrosa para poderem "cantar vitória". Na Irlanda foram os problemas económicos recentes mais mentiras do género "com o Tratado de Lisboa será obrigatório o casamento entre homosexuais, aborto e os irlandeses teriam que ir para a guerra".

 

Já anteriormente com o Tratado Constitucional nos casos de França e Holanda andou-se pelo mesmo, o referendo era forma de criticar a situação do país a que se atirou mentiras para aumentar a probabilidade do "não". Uma delas no caso da França era que com o Tratado Constitucional a Turquia passava a pertencer automáticamente à UE. Falso.

 

Cantaram vitória em Portugal partidos da extrema-esquerda como o PCP e o BE e da extrema-direita como o PNR. Os primeiros se pudessem tiravam-nos da UE para nos colocarem na Comecom (espécie de UE dos países comunistas) que desapareceu dado o fracasso do comunismo. As ideologias representadas pelos 3 partidos, comunismo, fascismo e nacional-socialismo (nazismo) também preferiam uma Europa fraca de 27 países cada um por si, para nos problemas tentarem implementar as respectivas ditaduras e refazer aquilo que fizeram nos anos 40 e quem sabe se ainda continuaria caso Hitler não tivesse estragado tudo com a invasão da URSS. Repartição dos países europeus entre comunistas, fascistas e nazis.

 

Espera-se que a ratificação continue nos restantes países. A Europa não pode ficar ingovernável e à mercê de menos de 1 milhão de irlandeses, a maior parte dos quais votou "Não" por razões que nada tinham a ver com o Tratado.

 

Depois de 26 países ratificarem a "bola" está na Irlanda. Arranja solução ou deixa os restantes países continuarem o percurso para uma Europa forte, governável e com peso internacional em vez de um conjunto balofo de mais de 2 dezenas de países.

 

 

Terrorismo Social

Assistimos a actos criminosos de uma classe profissional como forma de chantagem, em nome dos seus patrões, para sacarem dinheiro dos impostos dos portugueses para manterem os seus lucros. A subida dos combustíveis é para ficar, podendo mesmo aumentar a médio ou longo prazo com o aumento de procura de países como a China ou Índia e mesmo todos os restantes países em desenvolvimento.

 

O Estado não pode subsidiar cada sector que fica afectado pela subida das suas matérias-primas. A partir daí todos os sectores afectados pela subida dos combustíveis, gás, electricidade ou outras matérias primas faziam terrorismo social como assistimos para ter subsídios que saiem dos bolsos dos portugueses.

 

A extrema-esquerda lírica ou hipócrita (PCP e BE) só "exige" ajudas ao sector, sem saber nem dizer bem quais, por saber que é impossível subsidiar um sector por uma mudança estrutural. E como pedem para subsidiar estes e todos os outros, mas também impostos mais baixos, reformas e salários mais altos, mais despesa do Estado, desemprego mais baixo, inflação mais baixa, juros mais baixos, etc., etc.,  (é só pedir), já só os pouco informados vão nos cantos da sereia.

 

Ao Estado pede-se o que não fez desde o início. Maior firmeza a actos de terrorismo social deste calibre e não ceder a chantagens.

 

O Governo não foi firme e cedeu parcialmente. Talvez por andar durante a crise o que fazer para perder menos. Acabou de perder aqueles que querem a segurança do país em todos os aspectos e não ganhar nada.



publicado por HomoEconomicus às 19:12
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Quinta-feira, 13 de Dezembro de 2007
Gémeos desavindos atacam de novo

Dia 12 de Dezembro assistiu no Parlamento Europeu à peixeirada dos gémeos desavindos, a extrema-esquerda e a extrema-direita.

 

Desavindos mas ligados no serem contra o Tratado Europeu, quererem referendos apenas para na sua minoridade poderem ter tempo de antena, e nervosos porque quanto maior a integração europeia menores as possibilidades de tentarem implementar nos respectivos países a ditadura e repressão a gosto de cada extrema.

 

Desavindos porque inventam umas variantes para tentarem demonstrar que são diferentes quando no fundo não o são.

 

No século XX a extrema-esquerda e a extrema-direita apenas implementaram ditaduras que causaram largos milhões de mortos, guerras de elevada destruição incluindo da própria Europa e a destruição física ou quase dos próprios países.

 

Nada mais.

 

Agora vestem peles de carneiro invocando a democracia ou "direitos" à população que nunca concederam nos países com a sua ideologia nem nunca concederiam se chegassem ao poder. Populismo, demagogia, aldrabice, nada mais.

 

Contra as extremas só deve existir um comportamento por parte das democracias.

 

Tolerância zero.

 

PS. Na Suíça a racionalidade imperou. O Parlamento em votação impediu que o ex-ministro de extrema-direita que implementou medidas racistas e xenófobas no governo anterior pudesse voltar a ser ministro no novo governo. Bofetada de luva branca, tolerância zero.



publicado por HomoEconomicus às 12:07
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Sexta-feira, 19 de Outubro de 2007
Boas Notícias
O dia 18 para 19 trouxe boas notícias para a Europa em geral e para o país em particular.

O Tratado Europeu - Tratado de Lisboa

Portugal e a sua capital ficaram associados a um Tratado histórico que se espera que seja mais um pequeno passo rumo a uns Estados Unidos da Europa e que permite não só que a UE-27 seja governável como também tenha cada vez maior influência política e económica num mundo em que os EUA/Nafta, Índia ou China terão um peso e influência crescentes.

Não seriam 27 países de pequena/média dimensão, e muito menos o nosso, que teriam qualquer relevância ou influência no mundo actual.

Espera-se que decorra sem problemas a aprovação posterior pelos 27 países para existir no mundo uma Europa governável e com que contar.

Derrotados ?

As extremas-esquerda e direita que são contra a UE em todos os seus aspectos, que até  defendiam um Portugal isolado e fora da UE para terem maior possibilidade de implementar o tipo de regimes ditatoriais que sempre defenderam e defendem actualmente, por detrás da retórica da mentira ou da defesa do "estado social" que em ditadura apenas significa pobreza para todos e em democracia era insustentável da forma que eles "exigem".

Podem perguntar alguns ...

Estariamos melhores fora da UE ?

. Estariamos isolados, com maiores dificuldades por exemplo a nível de exportações para a Europa e não só.

. A nossa influência no mundo seria menor, naturalmente, um pequeno país de 10 milhões de habitantes e isolado. Seriamos a nova "Albânia" da Europa.

. Os nossos emigrantes estariam naturalmente pior, seriam cidadaõs extra-comunitários com toda a perda de benefícios que tal significava.

. Boa parte das infraestruturas do país, autoestradas, pontes, barragens, hospitais, escolas etc. não existiria ou estaria degradada assim como estariamos mais pobres sem ter auxílio financeiro comunitário de coesão nem as infraestruturas que alavancam o investimento.

. Existiria o "escudo", sim, uma pequena moeda completamente desvalorizada o que apenas auxiliaria artificialmente as empresas exportadoras com base no baixo preço e mão de obra barata mas faria disparar o preço das importações, nomeadamente do petróleo do qual somos um dos países mais dependentes da Europa. Imaginem o petróleo a subir, $70, $80, $90 e o "escudo" fraco e a desvalorizar face ao dólar.
Para além do risco da rotura cambial a inflação disparava ... seguido da subida das taxas de juro ... ou seja, se agora com a subida dos juros afecta a família, imaginem juros de 10, 15, 20%.

Muito mais se poderia falar, mas isto é apenas uma ideia inicial dos resultados de estarmos fora da UE e do Euro.

Mas é conhecido que o desejo oculto de PCP, BE e PNR/FN, já nem falando de outras extremas-esquerdas folclóricas era esse, tirar-nos da UE. Deixassem-nos chegar ao poder...
Ou talvez se tornassem mais pragmáticos como aconteceu com a extrema-direita quando chegou ao poder nalguns países europeus. Lá se foi a retórica anti-UE e anti-euro.

Referendo

Deve haver referendo ?

Não.

. Portugal é uma democracia representativa, os representantes (deputados nacionais e europeus) são eleitos para decidir.

. Em Portugal NUNCA um referendo foi vinculativo, os portugueses já mostraram que não querem ser chamados a este tipo de participação cívica.

. Os referendos apenas servem para dar tempo de antena a extremistas dos vários lados da barricada que de outra forma nunca o teriam.

Apesar de ser cómico ver a luta conjunta da extrema-esquerda e extrema-direita contra o tratado, o populismo e aldrabice que surgiria por parte de quem sabe que nunca terá responsabilidades de poder teria o efeito nefasto de afastar muita gente de votar, o que é o objectivo dos extremistas. Uma alta abstenção seria a hipótese remota do "Não" ganhar através do voto "obrigatório" dos simpatizantes das extremas. Claro que aí não seria vinculativo mas muitos extremistas iriam berrar.

. Quantos portugueses, saberão dizer "Sim" ou "Não" ao Tratado de Lisboa ? Isto sabendo-se que é mais fácil mentir e apelar ao medo do que ser racional e demonstrar as vantagens do Tratado para um pequeno país como o nosso.

. Os referendos são normalmente usados para guerrilha de política interna servindo como válvula de escape para atacar ou defender o governo vigente e não para referendar algo europeu. Inquéritos feitos a eleitores depois dos referendos de França e Holanda provaram isso. Alguém acha que em Portugal com os extremistas pelo "Não" seria diferente ?


publicado por HomoEconomicus às 19:35
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