Comentários e opiniões sobre a actualidade nacional e internacional, económica e não só.

Terça-feira, 15 de Janeiro de 2008
Só neste país ...
Só neste país ...

Um administrador bancário além de ser justa ou injustamente acusado de ser "boy" opta, e aparentemente pode fazê-lo, por ir para a administração de um banco privado mantendo o vínculo ao banco público de onde veio, que até é concorrente do primeiro.
É por estas e por outras que depois surgem os pântanos ou as surpresas eleitorais.

Viciados em nicotina gastam páginas de jornais a defender o seu "direito"  a  encher de fumo locais onde estão não-fumadores e também a assassiná-los (1/3 dos cancros de pulmão são de fumadores passivos).
Entre as várias "peças" que mostraram que são menos inteligentes e mais dependentes do que se poderia pensar está o "célebre" Miguel Sousa Tavares que vem falar de fascismos e parvoíces do género para procurar impor o seu fumo "intelectual" aos outros.

E já nem sou só eu que penso assim...

"Nunca tive tanta noção de o tabaco ser uma droga como nos últimos 15 dias, após ler textos alucinados por parte de colunistas habitualmente respeitáveis como Vasco Pulido Valente ou Miguel Sousa Tavares. O que eles têm escrito sobre a nova lei do tabaco, deitando mão a comparações que deviam envergonhar qualquer pessoa que tenha lido dois livros de História, é de tal modo inconcebível que só se explica pela carência de nicotina. Eles fingem que um café inundado de fumo é coisa que não incomoda ninguém. Eles chamam fascismo a uma decisão que chateia dois milhões de portugueses e protege oito milhões. E Sousa Tavares conseguiu mesmo a proeza de afirmar no Expresso, sem corar de vergonha, que a lei faz "lembrar, irresistivelmente, os primeiros decretos antijudeus da Alemanha nazi". Ora, isto não é texto de um colunista prestigiado - isto é conversa de um junkie a quem o dealer cortou na dose. Faço, pois, votos que os fumadores descompensados acabem de ressacar rapidamente, para o bom senso regressar e nós podermos voltar a lê-los com gosto."
João Miguel Tavares in DN 150108


publicado por HomoEconomicus às 16:33
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Segunda-feira, 7 de Janeiro de 2008
Análise económica do vício do tabaco
No jornal Oje de dia 7 de Janeiro vem um excelente artigo de Horácio Piriquito sobre o problema do tabaco, no fundo juntando argumentos adicionais de racionalidade económica ao óbvio. Que o tabaco não é benéfico.

O autor refere 3 aspectos : financeiro, económico e orçamental

Problema financeiro do fumador
"... o fumador é um problema financeiro. Estimula as importações de tabaco sem qualquer retorno ou compensação social, a economia paga-as através do rendimento do fumador e contabiliza de imediato um desequilíbrio comercial que acaba por ser também um custo para os não fumadores..."

Problema económico do fumador
"... o fumador é um problema económico. Ao canalizar para o tabaco parte do rendimento, desvia receitas de outros sectores económicos fundamentais e de maior valor. Conhecem algum fumador com actividade fisica intensa e regular? Ou seja, todos os negócios relacionados com actividade saudável perdem essa receita e, por isso, aumentam as despesas no sistema de saúde. Numa revista recente uma ex-fumadora dizia que começou a aplicar em livros o dinheiro do tabaco. Boa ideia! Podemos também sugerir um ginásio ou uma bicicleta..."

Problema orçamental do fumador
"... o fumador acaba por ser um triste problema orçamental. A receita fiscal do tabaco não chega para pagar o custo do fumador quando recorre ao sistema publico de saúde. Este é o ponto! O fumador não se pode arrogar negligentemente no direito de fazer o que entender
com a sua saúde. Porque os não fumadores devem sentir-se igualmente no direito de responder que, então, não aceitam que os seus impostos sirvam para pagar os custos de saúde e hospitalares que resultam dessa dependência.
Há muitas doenças irreversíveis que recorrem de forma natural e legítima ao sistema público de saúde e que necessitam de recursos. Grave é, numa perspectiva social e orçamental, o desvio dessas verbas para os fumadores. Um drogado em tabaco obriga o sistema público de saúde a canalizar recursos para suportar as suas crises tabagistas e internamentos hospitalares, que podem durar muito tempo. E os recursos públicos de saúde, pagos por todos, têm de ser optimizados e preferencialmente canalizados para as doenças incontroláveis e irreversíveis..."

O autor vai mais longe ...

"... Não basta proibir o acto de fumar. Esta é apenas metade do caminho. O fumador tem de ser responsabilizado, registado e “fichado”. Deveria ter um seguro de saúde privado e obrigatório por forma a que os nossos recursos públicos não sejam desbastados quando a saúde do fumador necessita de assistência médica e hospitalar.

Se o fumador é um grave problema social e de saúde publica, também é uma questão económica e financeira complicada. Pagar o tabaco e o imposto inerente é muito pouco para os estragos que provocam no Orçamento de Estado e na sobrecarga na estrutura financeira do sistema de saúde.

Os fumadores não podem jamais ter direito à liberdade que pretendem. E é tão simples quanto isto: porque os não fumadores não permitem."

QED


publicado por HomoEconomicus às 22:01
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Mais doentes do que pensavamos
AS últimas reacções nas páginas dos jornais dos viciados em nicotina e o desespero de causa dos mesmos tem vindo a demonstrar como a dependência nestes personagens é tão forte ou mais que a dependência de alcool ou substâncias como a heroina ou a cocaina.

Ao contrário dos últimos, os viciados em nicotina acham-se no direito de usufruir da sua droga em qualquer lado e em qualquer situação porque senão, coitados, ficam nervosos.

Os últimos artigos de opinião é o desespero de causa que vemos em viciados em heroina ou cocaina a quem é retirada a droga. Mas no caso dos viciados em nicotina apenas se impede que prejudiquem terceiros com a sua dependência, nem se impede de fumar. Mas ele é gritarem "fascistas, eunucos, polícias, etc., etc." numa fraseologia que mete pena.

Os viciados em nicotina acham-se no direito a obrigar terceiros a inspirar o fumo dos seus pulmões sabendo-se que perto de 1/3 dos cancros do pulmão já surgem em fumadores passivos.

E pior que isso é que quando, azar, apanham cancro no pulmão, esperam que seja o Estado ou seja, os bolsos dos portugueses, a pagar o seu tratamento com custos elevados para todos. Nem a verticalidade têm de assumir os custos da sua cura como assumem os custos da sua dependência.

A lei está em vigor. Mais de 80% dos portugueses concordam com a lei. Quem não concorde vá para a China, lá é livre o fumo, é livre matar e suicidar com nicotina. E não ocupem páginas dos jornais nem que seja porque os viciados noutras substâncias também nunca tiveram espaço para defender os seus vícios.


publicado por HomoEconomicus às 09:06
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