Comentários e opiniões sobre a actualidade nacional e internacional, económica e não só.

Quinta-feira, 31 de Maio de 2007
Derrotado

O sindicalismo da CGTP foi derrotado a 30 de Maio, a greve "geral" foi um fracasso.

 

E quem o reconhece é a CGTP quando antecipando pouca adesão à greve começou com o discurso do "medo de fazer greve" e terminou ontem à noite com o discurso envergonhado em relação aos números da adesão, que pela primeira vez deixaram de ser importantes, não tendo também pela primeira vez avançado com os seus números por mais irrealistas que fossem.

 

Foi a derrota de um sindicalismo em fim de vida.

 

Porque a esmagadora maioria dos portuguses percebe que :

 

- A história da "precaridade" do emprego é o mais natural que acontece no dia-a-dia. É irrealista pedir a uma organização que mantenha o emprego de um trabalhador por mais de 40 anos como se o mundo, Portugal, a própria organização. já nem falando da competência e desempenho do trabalhador fossem imutáveis.  

 

- É surrealista pedir que o Estado seja obrigado a manter o posto de trabalho de TODOS os funcionários durante largas dezenas de anos independentemente da evolução do país e do desempenho do trabalhador ou permitir reformas antes dos 60 ou, ainda mais surrealista, seja obrigado em cada par de anos a subir TODOS na carreira ainda mais com o impacto de tal na massa salarial e pensões a pagar.

 

Como afirmou Jaime Antunes no jornal Oje :

 

"Num país onde a taxa de sindicalização da população tem vindo a cair todos os anos e é das mais baixas da União Europeia, onde os sindicatos são organizações completamente ultrapassadas, actuando à século XIX, entrincheirados no sector público, onde sobrevivem

à custa dos sindicalistas pagos pelo Orçamento do Estado, esta greve geral não passa de uma

acção desencadeada numa lógica partidária de contestação ao Governo."

 

Os portugueses perceberam isto e felizmente percebem que o país tem que mudar.

 

E é isso que está a derrotar os sindicatos de influência comunista.



publicado por HomoEconomicus às 11:22
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Quarta-feira, 30 de Maio de 2007
Infelizes
Assistimos últimamente a um conjunto de declarações de vários quadrantes sobre vários temas que só nos faz ter pena dos infelizes que as fazem dado que roçam entre a mentira, a ignorância e a hipocrisia.


Sindicalistas
No Pós e Contras assistimos à CGTP, correia de transmissão do PCP com a maioria dos seus  líderes sindicais incluindo o Secretário-Geral militantes comunistas, dizer pouco mais do que a voz do partido.

E algumas coisas autênticamente patéticas.

Desta vez eram as hossanas de Carvalho da Silva a Espanha. Espanha era agora o exemplo a seguir em tudo, "esquecendo" (as aspas têm um sentido óbvio) no entanto que:

1. Se Espanha agora está assim em termos de desemprego e crescimento foi depois de passar ANOS com desemprego perto dos 20% devido à reestruturação da economia, e depois das reformas do governo do PP que levaram de um défice de Estado elevado aos mais recentes superavit ou défice perto de zero das contas do Estado.

Aí a CGTP estava calada e contra.

2. O equivalente à ADSE em Espanha é privatizado e muito mais eficiente.

A CGTP é contra o mesmo para a ADSE.

3. O sistema de pensões de Espanha foi muito elogiado, mas tem plafonamento.

A CGTP é contra.

4. Comparam salários mínimos pagos 14 vezes por ano em Portugal com salários mínimos pagos 12 vezes ou 13 por ano noutros países.

Problema de "contas" da CGTP. E também "esquecem" o factor produtividade.

Ignorância ou aldrabice dos sindicalistas ?

Com ou sem greves gerais, a mama acabou. Empregos para a vida que levam ao laxismo, subidas na carreira para TODOS independentemente da competência e muito mais benesses que são incomportáveis para qualquer país, que apenas sugam os impostos dos portugueses que trabalham no sector privado e dos que trabalham no sector público mas merecem mais que ser "igualitários", tudo isto acabou ou está a acabar felizmente.

Ota
Quem vê os barracos a serem construidos junto à 2ª circular e os aviões que cada vez com maior frequência levantam e pousam passando pela capital percebe que a Portela acabou.

Depois pode-se discutir se é Ota, Rio Frio,Poceirão, Alcochete, até ao séc. XXV, porque até lá a evolução tecnológica acabará por ajudar a descobrir concerteza mais localizações.

Mas o desespero dos defensores da Margem Sul em se agarrarem ao "deserto" de Mário Lino como grande argumento não augura grande coisa à qualidade dos seus argumentos.

Porque o ministro, concorde-se ou não, disse o óbvio para quem conhece a zona.

1. É rota migratória de aves; aves e aviões nunca se deram bem sabe-se lá porquê ...

2. É reserva aquífera subterrânea da Grande Lisboa (saberão muitos o que isso é ?) com toda a importância desse factor, para além de estar numa zona de várias reservas naturais e ecológicas.

Ou seja, se para o ponto 1 poderão os defensores da Margem Sul depois voluntariar-se para servirem de espantalhos à passarada, o ponto 2 IMPEDE que para além do aeroporto muito possa ser construido em torno dele, daí a expressão de "deserto" para os coitados que não perceberam.

E que querem um aeroporto no meio de um deserto verde, muito ecológico e cheio de passarada.

Vem também ai um estudo da CIP. Aguardemos pelo lobbie do norte que receia o peso que um pólo de desenvolvimento nacional em torno da Ota possa tirar à "indústria" do Norte e ao seu aeroporto.

Uma última questão ... porque razão sabendo-se da opção da Ota desde 2000 só agora venha tudo reclamar contra essa opção ? O argumento do "conhecimento adicional" é poeira para os olhos dos parolos.


publicado por HomoEconomicus às 11:21
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