Comentários e opiniões sobre a actualidade nacional e internacional, económica e não só.

Terça-feira, 27 de Novembro de 2007
Fantasias
Os grevistas de fim-de-semana (sim, grevistas de fim-de-semana, ou que acham de uma greve numa sexta para passeios prolongados e idas às compras ? Contam-se pelos dedos as greves que desde sempre não "coincidiram" com sexta, segunda ou mesmo autênticas pontes com feriados à mistura), entraram no mundo da fantasia.

"Exigem", dizem os sindicalistas, que se mantenha o emprego para a vida na função pública (no sector privado nunca existiu), como se fosse possível no séc. XXI garantir o emprego a alguém durante mais de 30 anos e independentemente o que aconteça ao Estado e ao próprio trabalhador, independentemente da competência ou incompetência dele, independentemente de tudo o que pode acontecer durante mais de 30 anos e dos próprios recursos do Estado (somos dos que mais gastamos com a função pública no mundo em % do PIB, % do Orçamento, etc.).

Fantasias ...

Isto para não falar da greve também ser por causa das alterações NECESSÁRIAS ao sistema de Segurança Social.

Fantasias ...

Mas peçam a um sindicalista que responda honestamente (sei que é difícil) :

1. Caso estivesse o PCP no poder, qual seria o regime e condições salariais na função pública ? Se seguiriam naturalmente a política dos países irmãos comunistas estilo Cuba, URSS, Ex-Países da Europa de Leste... ou se implantariam a política de "tudo para todos e logo se vê" que tanto defendem. Aposto na primeira opção e garanto-vos, não era agradável. E ai de quem se atrevesse a fazer greve...

2. Caso não tivesse havido mexidas no regime de Segurança Social, matemáticamente até que ano seria possível pagar as pensões de reforma (matemática pura, não ideológica) ?


PS. Interessante o último Pós e Contras. De um lado o mundo real, os problemas reais, a procura de formas, certas ou erradas, de os procurar resolver. Do outro lado a CGTP o dogma ideológico comunista do desejo de um país dominado pelo Estado e com todos como funcionários públicos, que tão maus resultados deu na URSS e seus satélites.
Como se sabe nas ex-sociedades comunistas a qualidade de vida não era própriamente invejável, longe disso. E quem tiver dúvidas visite Cuba ou a Coreia do Norte.

Como foi afirmado no programa temos sindicatos comunistas que existem para reinvindicar políticamente e sempre uma aproximação a um tipo de sociedade comunista que falhou em todo o mundo em vez de procurarem negociar para benefício dos trabalhadores (veja-se o exemplo da AutoEuropa ou Lego na Dinamarca).

Fantasias ...


publicado por HomoEconomicus às 22:07
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Quinta-feira, 8 de Novembro de 2007
Palhaçadas
Os sindicatos da função pública decidiram fazer uma greve porque a função pública vai receber o aumento possível tendo em conta o défice de Estado. Aumentos salariais maiores (o sindicato comunista entra no delírio populista dos 5,8%) destruiriam os sacríficios de milhões de portugueses influenciando negativamente o défice e também causariam pressões inflacionistas óbvias que os anulariam.

Mas isso os sindicatos parece que não compreendem. Ou melhor, compreendem mas a filosofia é a costumeira do tentar sacar o máximo e os restantes milhões de portugueses que fiquem com menos dinheiro nas carteiras para pagarem o despesismo da função pública.

Mas não é isto que se pode considerar palhaçadas.

Palhaçada é a data escolhida para a greve, dia 30 de Novembro, por "coincidência" uma sexta-feira, como têm sido marcadas greves para segundas ou dias úteis entre feriados ou entre feriados e fins-de-semana.

Parece que os sindicatos no fundo receiam pela adesão "do povo em luta" ... e um fim-de-semana prolongado torna essa adesão mais provável, não para a "luta" mas para o descanso antecipado claro.

Esperemos que os portugueses que não são parvos, mesmo aqueles que irão fazer greve, se apercebam da honestidade política dos sindicatos, ou falta dela.

E sobre o tema o editorial do DN é elucidativo :

"... Propor aumentos inferiores à inflação esperada negaria os ganhos estruturais já alcançados em 2006 e 2007. Seria um contra-senso. Não ir além da inflação esperada (mesmo tendo já uma pequena margem para subir umas três décimas...) significa que se pretende atingir os 0,4% de défice público (fixado para todos os membros do euro), a marchas forçadas. Se possível, antes de 2010.

O desequilíbrio público em 2007 será apurado em Fevereiro ou Março próximos. Ficará, seguramente, abaixo dos 3%, talvez mesmo próximo do objectivo para 2008, 2,4%. O sinal de poupança nas despesas com o pessoal em 2008 prende-se com a exigência de Teixeira dos Santos de que se registem ganhos importantes de produtividade no aparelho de Estado, antes de remunerar com ganhos reais aqueles que os proporcionam. E, se o caminho percorrido até ao fim de 2008 o permitir, sem comprometer o cortar da meta a tempo, até pode haver algum alívio fiscal em 2009 ou em 2010..."
in DN - 081107






publicado por HomoEconomicus às 19:11
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Quinta-feira, 18 de Outubro de 2007
Vários
Várias coisas se têm passado na última semana neste país que só nos podem fazer rir ...

Reparem bem.

Médicos e controlo de assiduidade biométrico

Veio recentemente Manuela Arcanjo, antiga ministra da Saúde de um governo PS, mostrar-se contra a utilização de sistemas biométricos (por impressão digital por exemplo) para controle da assiduidade dos médicos porque, segundo esta senhora, os médicos pouco faltam (ou se faltassem seria por razões pessoais relevantes ou qualquer treta do género).

Ingenuidade ou hipocrisia ?

Os médicos faltam ou atrasam-se e não pouco como toda a gente sabe. Tal deve-se na esmagadora maioria dos casos a €€€€€€. O remuneração por hora no sector privado é muito superior à remuneração por hora no serviço público de saúde. E no sector privado se se "baldam" são despedidos.

Apenas isto, nada mais. Ao menos assumam.

É por essa a razão, por exemplo, que as dispendiosas salas de operações dos hospitais públicos são das que têm menor taxa de utilização, os médicos preferem operar no privado.

É por essa a razão que terá que haver controlo de assiduidade rigoroso, os ordenados são pagos dos nossos impostos.


Quotas nas avaliações da função pública

Agora todos estão contra as quotas de avaliação na função pública. No limite desde que se tenha "classificação", TODOS deviam subir na carreira.

Qual será o resultado sem quotas ? TODOS irão subir na carreira.

Porque nenhuma chefia estará para "prejudicar" a subida na carreira de um funcionário, a não ser que este seja mais que péssimo o que daria nas vistas, porque o dinheiro para pagar essa subida não afecta essa chefia, vem de outro lado, nomeadamente dos impostos dos portugueses.

Portugueses esses na maioria no sector privado onde, por Excelentes que até sejam, NUNCA subirão TODOS na carreira de uma empresa.

Por isso, políticos e sindicatos, deixem-se de demagogia, populismo e estupidez.


Cimeira de Lisboa e sindicatos comunistas

Realiza-se hoje a Cimeira de Lisboa com as folclóricas manifestações do sindicalismo da CGTP/PCP do costume.

Porque o fazem ?

Como comunistas que são, engoliram como sapos vivos a entrada na União Europeia, no Euro, tal como tinha sido difícil de engolir a democracia em Portugal ou nunca terem sido o partido mais votado.

Mas continuam a ser do contra. Assim são contra o Tratado como expoente máximo da União Europeia e continuam a defender, comn base na agenda política do PCP de ser contra qualquer governo, o que nunca defenderiam se tivessem no poder.

Pelo contrário a Confederação Europeia de Sindicatos (CES), sem agenda política comunista por detrás, não só não apoiou esta manif de orientação comunista da CGTP como está por detrás do Tratado embora colocando as reservas do costume à aplicação em termos de Estado Social, etc.

Mas estamos a falar da CGTP/PCP. Que defendem eles ?

Em suma, demagógica e populisticamente, mais ou mesmo tudo para todos, independentemente dos recursos públicos e privados, o que iria por acabar em nada ou pouco mais que nada para todos como se verifica nos países comunistas e se verificava nos ex-comunistas.

Porque não se esqueçam, as reformas necessárias no sistema social, de saúde, etc., etc. é para evitar que estes sistemas pura e simplesmente estourem, desapareçam. Estes sistemas sem reformas são pura e simplesmente insustentáveis. O dinheiro não aparece pondo a rotativa a imprimir notas.

Quantos anos um país aguentava défice na Segurança Social ? Muito poucos ou nenhuns. Por quantos mais anos durava o SNSaúde com défices crescentes ? Muito poucos.

Quantas empresas estarão dispostas a contratar trabalhadores se forem obrigadas a mantê-los para toda a vida ? Cada vez menos, perto de zero. Qual a solução porque optam, recibos verdes, prejudicando os trabalhadores. Ou contratando menos, aumentando o desemprego. Mas isso os sindicatos, por detrás da retórica populista, estão-se nas tintas.

Quantos portugueses estarão dispostos a pagar uma despesa com o funcionalismo público a crescer como uma bola de neve como os sindicalistas queriam ? Cada vez menos.

Mas estamos a falar de sindicatos comunistas. Para eles tudo isto é irrelevante. Tomara eles que o país implodisse económica e socialmente para procurarem impor a DITADURA do "proletariado" que não conseguiram eleitoralmente nem com a tentativa de golpe de Estado em 25/11/75.

Nessa altura uma das coisas que desapareceria, tenham a certeza, eram os blogs. Excepto claro os blogs de louvor à ditadura do "proletariado".

A Ordem dos Médicos e a IVG

Veio a lume que a Ordem dos Médicos está a barafustar contra o aconselhamento da PGR que disse uma coisa do género a essa Ordem : "ou mudam a bem o vosso código deontológico, o qual permite à Ordem punir médicos que façam a IVG (legal em Portugal), ou a PGR mudará com o peso da lei o que é um código deontológico ilegal".

Porquê esta confusão ? Um código de uma Ordem que vai contra uma lei da República ?

O Bastonário é um dos fundamentalistas do "Não".

Está explicado.

E não é muito inteligente.

Acusa o Governo de "arrogância" por uma acção da PGR. Asneira

Mas mesmo que pudesse acusar o Governo, acusa o Governo  por  este querer fazer cumprir a lei.

Nesse raciocínio as nossas prisões devem estar cheias de indivíduos que acusam o governo de "arrogância". Levaram-nos à prisão por cometerem ilegalidades.


publicado por HomoEconomicus às 11:42
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Quinta-feira, 22 de Março de 2007
Flexibilidade laboral na função pública

Assiste-se com espanto aqueles que criticam as palavras recentes do Ministro das Finanças :

'Para o ministro "a insuficiência de desempenho em dois anos consecutivos dará lugar a procedimento disciplinar" e consequente desvinculação contratual".'

O que esperam estes críticos ?

Que a incompetência seja premiada ?

Quantos anos de incompetência poderão justificar um despedimento ? 10, 20, 30 ?

Quais os custos para o país vindos dos nossos impostos para pagar aqueles que por incompetência, laxismo, falta de profissionalismo, falta de vocação, etc. não cumprem os seus deveres profissionais ?

Mas para muitos as palavras do ministro são criticáveis. Será que têm receio de terem "desvinculação contratual" pelas razões apontadas ?



publicado por HomoEconomicus às 12:18
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