Comentários e opiniões sobre a actualidade nacional e internacional, económica e não só.

Quinta-feira, 15 de Maio de 2008
O Estado da Economia

Como se esperava já há algum tempo, vieram hoje as más notícias com a previsão de crescimento do PIB a descer de 2,2 para 1,5% do PIB.

 

Espera-se que mesmo nesta situação o Governo esqueça os eleitoralismos e continue no caminho das reformas e contenção orçamental necessários para não se estragar mais uma vez o que foi feito até agora.

 

Esta quebra do crescimento do PIB era esperada.  Por um lado a actividade cíclica da economia tem levado que de 7-8 anos em 7-8 anos o crescimento do PIB abrande notóriamente ou se torne mesmo negativo.

 

Este ano tem-se uma crise internacional que está a fazer cair o maior motor do crescimento do nosso PIB, as exportações. O investimento privado não arranca por fraca procura interna e agora quebra na procura externa. O governo a braços com o défice ainda elevado não pode aumentar a despesa. Tudo somado é o que temos.

 

Os portugueses, já apertados com o despesismo e respectivos créditos dos últimos anos, a que se junta aumento dos juros do crédito da casa, aumento dos combustíveis e aumento de alguns bens alimentares não podem aumentar o seu consumo.

 

Ou seja, uma situação complicada a nível económico.

 

Que se pode fazer ?

 

. Baixar impostos aumentaria o défice do Estado com todas as consequências negativas para o país, desde o perigo de perda de transferências de subsídios da UE à perda de credibilidade de Portugal perante a Europa. Mesmo assim temos mais folga do que nos últimos 30 anos. Mas nada garante que uma baixa de impostos como o IRS ou IRC, a fazer efeito apenas daqui a um ano, tivesse grande influência no consumo dos portugueses como seria necessário para o país crescer. E o IVA já vai descer, não sendo de esperar grande impacto.

 

. Aumentar salários a meio do ano como alguns milagreiros da extrema-esquerda comunista defendem apenas levaria a maior défice o que levaria a mais cedo ou mais tarde impostos mais elevados, as empresas nacionais a ficarem em dificuldades e perderem competitividade e, aumentando os salários sem aumento de produtividade, apenas faria a inflação subir mais ainda anulando qualquer aumento salarial.

 

. Criar "políticas de emprego" ? O Banco de Portugal demonstrou por A + B que as "políticas de emprego" dos sucessivos Governos apenas fazem gastar centenas de milhões do erário público sem impacto que se veja na taxa de desemprego. E criar falsos empregos apenas cria aumento de procura o que sem aumento de oferta leva a subida da inflação.

 

. Descida das taxas de juro, aumentando o rendimento disponível das famílias com créditos à habitação depende do Banco Central Europeu. E este também tem cuidado com a inflação, caso contrário o que se ganharia com a descida dos juros era "comido" pela subida da inflação.

 

Não há soluções fáceis, ou não haverá soluções interventivas eficientes.

 

O abrandamento nacional e internacional levará por exemplo à descida das matérias-primas entre outros factores o que, embora com custos, será a forma mais saudável de ajustamento da economia portuguesa.

 

Santos milagreiros e despesistas aliviavam nos meses mais próximos e enterravam-nos ainda mais por muitos anos a seguir. O que também é objectivo desses santos milagreiros. Quanto pior o país mais eles se regozijam, no sonho utópico de ainda poder implantar no país uma ditadura do proletariado, estilo Cuba ou ex-URSS.

 

Que se saiba nunca foi característica das economias comunistas passadas e presentes a pujança económica e a riqueza dos seus habitantes. São "saudáveis" na mediania a mediocridade trocando baixa inflação por preços controlados com filas para os bens essenciais e falta dos mesmos, ou oferecendo igualitarismo com salários de miséria.

 

Por isso nada de ilusões.



publicado por HomoEconomicus às 19:35
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Domingo, 6 de Janeiro de 2008
Economia e Contas do Estado e Resmungos da Ordem dos Médicos
Economia e Contas do Estado
Foram hoje apresentadas informalmente alguns dados sobre as Contas do Estado que felizmente parecem ir no bom sentido e espera-se que de forma consolidada.
Para tal também se espera que o Governo não caia na asneira de começar a descer impostos ou distribuir benesses a torto e a direito que mesmo que "benéficos" eleitoralmente deitavam por terra todo o esforço feito até agora.
Quanto à oposição, continuam a pedir tudo para todos, querendo "sol na eira e chuva no nabal" em simultâneo. Estão no seu papel embora se espere sempre maior responsabilidade por parte dos "partidos de poder" o que ambos, quando passam pela oposição, por vezes esquecem.

O principal problema continua a ser o desemprego, provocado por menor criação de empregos devido a fraco crescimento económico ao que se acrescenta um crescimento da população activa. Mas não se devem esbanjar recursos criando empregos artificiais que desaparecem mais cedo ou mais tarde. Não esquecer que a Espanha, que agora todos elogiam como exemplo a seguir, teve durante os vários anos de reestruturação económica do país taxas de desemprego próximas dos 20%.

Resmungos da Ordem dos Médicos
A Ordem dos Médicos anda nervosa e ataca o Governo por tudo e por nada, agora culpando-o de um grave problema que aconteceu em Aveiro por exemplo.

Mas qual é um dos "problemas" da Ordem com o Governo ?

A instalação de sistemas biométricos de controlo de assiduidade nos hospitais e centros de saúde. Que vão por ordem na balda que tem sido o sistema hospitalar com pagamento de horas extraordinárias inexistentes, médicos a chegarem tarde a consultas e/ou a sairem cedo de mais para consultas ou operar no privado.

É que parece que os sistemas biométricos nos hospitais onde foram instalados têm levado a pagamento de menos horas extraordinárias, maior tempo de presença dos médicos nos hospitais e mais operações realizadas.

Ou seja, a colocarem a Ordem dos Médicos numa posição desconfortável, em que surge o nervosismo.

E quanto aos problemas na Saúde muitas vezes causados por falta de médicos, tendo que ser contratados médicos estrangeiros, não devemos esquecer que desde sempre a Ordem dos Médicos foi contra qualquer aumento do número de vagas nos cursos de Medicina. Por eles nem metade das vagas actuais existiam. Foi esse bloqueio há uns anos atrás a que os Governos na altura cederam que se deve a situação actual.


publicado por HomoEconomicus às 20:11
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Sexta-feira, 12 de Outubro de 2007
As últimas da criminalidade e da economia
Criminalidade

Nos últimos dias têm-se verificado vários sucessos no âmbito do combate à criminalidade, nomeadamente a captura de vários gangues.

Estranhamente aqueles que gostam muito de levantar o "papão" da criminalidade andam muito caladinhos. Porque será ?

Porque o "papão" da criminalidade é apenas arma de arremesso para atacar os imigrantes.

E o que se tem verificado é que afinal a onda recente de criminalidade é na esmagadora maioria da autoria de portugas e branquinhos.

Azar ...

Relacionado com a criminalidade vem o PNR/FN pedir a libertação dos seus militantes presos. E justificam considerando que os detidos são "presos políticos".

E isto porquê ?

Porque para estas ideologias ameaçar, agredir ou assassinar imigrantes ou portugueses  que não sejam da cor ou religião que agrada a estas ideologias, não é crime. Então na lógica deles é "delito de opinião".

Só que tal é crime em Portugal e em qualquer Estado que naturalmente persiga sociopatas.

Será delito de opinião "ofensa à integridade física qualificada" ? Não, é crime. Também é crime estar na posse de armas sem licença.

Assim como é crime ameaçar de morte magistrados por exemplo.


Economia

O Orçamento de Estado de 2008 parece indicar o bom caminho da situação económica portuguesa, e assim como o Governo actual procurou melhorar o deixado pelo governo de Durão, concerteza se espera que o próximo aprofunde as reformas que levarão Portugal a uma situação económica mais saudável.

É essa a opinião dos economistas portugueses mais reputados e das organizações internacionais europeias e mundiais.

Infelizmente tal é feito com o sacrifício de muitos, porque muitos exageros existiram nos anos anteriores fazendo-nos ficar a viver acima das nossas possibilidades.

Mas teria que ser feito mais cedo ou mais tarde.

Claro que a extrema-esquerda discorda. Para o PCP/BE seria mais Estado e mais Estado, mais défice e mais défice que depois logo se via quem pagava desde que houvesse benesse a todos.

Seria viver sempre acima das possibilidades num Pais das Maravilhas.

Estranho é que o que eles recomendam nunca foi feito nos governos comunistas do ex-Bloco de Leste ou nas poucas ditaduras comunistas ainda existentes.

Como dizia Marx :

"De cada um segundo as suas capacidades; a cada um de acordo com o seu trabalho."

Estamos a falar de contratos individuais de trabalho que os comunistas tanto abominam porque tiram o poder aos seus sindicatos.



publicado por HomoEconomicus às 19:17
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Terça-feira, 4 de Setembro de 2007
Economês
Durante as últimas semanas têm vindo a lume notícias que se tornam mais fáceis de analisar através do chamado "economês" (conhecimento básico das bases e linguagem da economia), que ajuda a compreender muita da situação do país em geral.

Desemprego dos professores
Não deixando de ser um problema grave naturalmente, o desemprego dos professores (ter em atenção que alguns ainda são apenas licenciados que querem ser professores) era previsível.

É uma questão de oferta e procura. A oferta de licenciados que tiram cursos para se tornarem professores aumentou em mais de uma centena  de milhar nos últimos anos, ainda mais em cursos na área de letras e sociais cuja procura como professor e mesmo nas outras áreas de actividade tem caído fortemente.

A procura no sistema educativo tem diminuido e o Estado naturalmente não é obrigado a dar emprego a esta classe de licenciados assim como não é obrigado a dar emprego a quem quer que seja a não ser que exista trabalho para fazer.

Não se pode cobrar mais impostos ou desviar verbas apenas para criar "falsos empregos" que seria políticamente muito correcto mas um desastre para o país.

Por isso :

. As "exigências" sindicais de que o Estado tem que empregar todos os que querem ser professores são no mínimo ridículas.

. A falsa solução que os sindicatos apresentam  de aumentar o número de professores para os mesmos ou menos alunos é apenas isso, falsa solução e criação de falsos empregos. Portugal já é dos países da OCDE que menos alunos tem por professor (todos os outros dados dos nossos exageros no sistema educativo já foram referidos neste blog).

. E agora virem os mesmos sindicatos dizerem que não concordam com os novos requisitos de exigência para todos os que queiram ser professores, nomeadamente saber bem português, saber comunicar, e conhecer bem a área que leccionam, com a justificação de que os professores "podem estar nervosos nas provas" provam o ridículo e falta de credibilidade sindical cujo único objectivo é atacar qualquer governo (dado que da cor deles dificilmente o será), por tudo e por nada. E mostra como os sindicatos continuam a querer a balda completa. Todos os que queiram devem ser professores, todos devem subir até ao topo da carreira, etc., etc.

E os portugas que paguem a conta porque nem bons resultados existem.

Apenas deve ser dado um aviso a todos os que queiram tirar cursos para serem professores, por vocação nuns casos, por fuga às matemáticas noutros. O emprego vai escassear, existem quase 50 mil professores no desemprego.

Tirar um curso desses é por conta e risco do próprio. Depois não se queixe.

 
O poder de compra dos portugueses

Custo de vida em Portugal é 20% inferior ao da UE15
O nível de preços médio em Portugal é cerca de 20 por cento mais baixo do que o da média da União europeia a 15 (UE-15).Ou seja, para comprar um cabaz de bens que, a preços médios europeus custe 100 euros, os consumidores portugueses teriam de gastar apenas 82 euros, segundo o «Diário Económico». Boas notícias? Nem por isso. É que se o nível de preços é inferior ao da UE15 em quase 20%, o poder de compra dos portugueses é, ainda assim, bem inferior ao da média comunitária: os últimos dados da OCDE mostram que os portugueses ganham menos 40% do que a média comunitária e são mesmo os mais mal pagos da UE15.
in Diario Digital

Esta-se a falar de valores médios e sabemos que se por exemplo a região de Lisboa está acima do descrito, existem regiões portuguesas bastante abaixo. No entanto a notícia indica que em termos médios o que se costuma ouvir que "Na Alemanha ou França se ganha 2, 3, 4 vezes mais" apenas pode acontecer em certas situações específicas e tem que se descontar o nível de preços nesses países.

Em termos gerais e considerando a chamada paridade poder de compra (ppp), comparando o preço de um cabaz alargado de compras de bens e serviços entre os vários países, tal significa que o português tem um nível de vida de 20% abaixo da média da União Europeia a 15. E isto porquê ? De uma forma muito simplista temos um nível salarial 40% inferior à média da UE-15 e um cabaz de bens e serviços 20% mais barato.

Quanto aos 40% de salário abaixo da média da União Europeia, tal deve-se a vários factores, nomeadamente menor produtividade, maior peso de industrias tradicionais de baixo valor acrescentado, maior percentagem de população com nível educacional muito baixo que leva a terem menor produtividade e trabalharem em sectores de menor valor acrescentado, etc.

São estes aspectos que temos que mudar para o país se aproximar da média da União Europeia a 15.

Os imigrantes e a oferta e procura de trabalho.

Por vezes os imigrantes são acusados de todos os males do nosso país e faz-se passar a imagem que todos eles decidiram escolher o nosso país para virem trabalhar. Porquê essa opção ? Pelos nossos lindos olhos ? Por termos Vasco da Gama e Cristiano Ronaldo ? Para "beneficiarem" do nosso "maravilhoso" sistema de segurança social ? Pelo "elevado"  nível salarial ?

Claro que não. Tal como os portugueses foram para países onde havia trabalho, o mesmo se passa com os imigrantes. E se a procura de trabalho diminui, se a taxa de  desemprego aumenta, a oferta de trabalho de imigrantes desce, indo eles naturalmente procurar trabalho noutras paragens.

Basta ler ...

Número de imigrantes em Portugal atinge nível mais baixo dos últimos cinco anos
O número de estrangeiros residentes em Portugal atingiu, no ano passado, o valor mais baixo dos últimos cinco anos.
De acordo com um relatório do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), esta tendência de quebra, que terá sobretudo que ver com a falta de emprego, tornou-se mais evidente a partir de 2004. Desde então verificou-se um decréscimo de 8,5 por cento no total de estrangeiros registados no país.
Depois de se ter sentido, como nunca nas últimas décadas, uma entrada maciça de trabalhadores estrangeiros em Portugal, a partir de 2001 — ano em que se verificou o maior processo extraordinário de legalização de sempre —, em 2005 parece ter ocorrido uma autêntica debandada do país, que se prolongou durante o ano de 2006.
in Diário Digital


publicado por HomoEconomicus às 09:01
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Segunda-feira, 14 de Maio de 2007
Os espanhóis querem-nos...
Quando por cá alguns são contra a imigração, os espanhóis querem-nos ...

E veja-se desde 1998 como estão Portugal e a Espanha. Estamos a falar de um fenómeno que não é de direita nem esquerda dado que é comum aos dois últimos governos em Espanha.

E lá os gestores referem o óbvio. Certo tipo de empregos os espanhóis já não os querem pelo que a imigração é útil ... e a taxa de desemprego tem vindo a cair.

Basta ler na BusinessWeek :

"Over the past decade, the traditionally homogeneous country has become a sort of open-door laboratory on immigration. Spain has absorbed more than 3 million foreigners from places as diverse as Romania, Morocco, and South America. More than 11% of the country's 44 million residents are now foreign-born, one of the highest proportions in Europe. With hundreds of thousands more arriving each year, Spain could soon reach the U.S. rate of 12.9%. And it doesn't seem to have hurt much. Spain is Europe's best-performing major economy, with growth averaging 3.1% over the past five years. Since 2002, the country has created half the new jobs in the euro zone. Unemployment has plummeted from more than 20% in the 1990s to 8.6%, within shooting distance of the 7.2% euro zone average. The government attributes more than half this stellar performance to immigration."

Artigo completo : http://www.businessweek.com/magazine/content/07_21/b4035066.htm


publicado por HomoEconomicus às 18:30
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Quarta-feira, 4 de Abril de 2007
Economia e Impostos

No passado dia 2 de Abril no programa da RTP Prós e Contras sobre Economia e Impostos,  todos vimos onde estava a credibilidade do discurso, da forma de apresentar o que estava em causa. Essa credibilidade era do Prof. Campos e Cunha.


Que no fundo disse muito do que qualquer aluno de economia acima da média, e talvez mesmo mediano, percebe.


Que se é asneira utilizar as boas notícias sobre o défice (ficou em 2006 nos 3,9% em vez dos 4,6% previstos) para desacelerar as reformas necessárias que levem a diminuição do peso da despesa do Estado, também será asneira aproveitar para baixar impostos.


A descida de impostos levará ... talvez, se, vamos a ver, prevê-se, a teoria, ... a uma “melhoria” da economia, deixando o combate ao défice sem qualquer “almofada” para qualquer deslize da evolução económica dado que a descida de impostos garantidamente não garante nada. Já nem falando de comunicarmos ao Ecofin que iriamos baixar impostos mesmo sem antingirmos um défice abaixo dos 3%, com a consequente queda de credibilidade dado que naturalmente pensariam que andávamos a brincar.

Quando se diz que se devia baixar impostos para o Estado ser “obrigado” a descer despesa, pode-se usar o mesmo raciocínio para dizer que descer o IRC, tal como antigamente com a desvalorização do escudo, é a defesa das empresas para não investirem no aumento de produtividade.


Mas mais disse Campos e Cunha. Que será asneira, óbviamente, baixar impostos em 2009  se a economia estiver a crescer lá para os 3%. Porque essa descida naturalmente irá sobreaquecer a economia, aumentar o consumo com consequências no défice comercial, inflação, ...


Os impostos devem descer quando a taxa de crescimento do PIB for muito baixa (menos de 1%) e o défice do Estado também (foi dado exemplo dos 1,5%). E não noutras alternativas surrealistas.


Do antigo ministro das Finanças Miguel Cadilhe veio a ideia de que Portugal devia ter entrado no Euro “mais tarde” ... provávelmente ainda nem teriamos entrado agora... porque o Euro ia valorizar tornando Portugal pouco competitivo.


Por essa maneira de ver, nunca mais entrariamos porque se não entrávamos com o Euro fraco dos primeiros anos, muito menos agora.


Esquecendo que :


. é o Euro, e o Euro forte, que obriga as empresas portuguesas a procurarem ser competitivas talvez recordando que a Alemanha, maior exportador europeu, que sempre teve um marco forte.


. que a não entrada no Euro para se poder desvalorizar o escudo para nos manter “competitivos” levava ao ciclo vicioso de os empresários não apostarem na subida da produtividade e os trabalhadores esperarem subidas de salários acima dos crescimentos da  produtividade porque tal e a inflação seriam “combatidas” com desvalorizações. Claro, um “remédio” muito do agrado de muita da nossa indústria e respectivos empresários. É a lei do menor esforço do costume.


Já nem se falando dos benefícios para o país de uma taxa de juro com valores de um digito, menos de 5%, contra os esperados dois digitos e mais perto da 2ª dezena se ainda tivessemos o nosso escudo, ainda mais em desvalorização sempre que preciso.

E um euro forte... qual o impacto por exemplo nas importações, principalmente de ... petróleo ?


Claro que naturalmente Cadilhe reconheceu que agora a saída de Portugal do Euro seria má. Digo mais, seria o desastre, a implosão económica do país. Nem o FMI saberia como reconstituir os cacos.


Em suma ... programa interessante de assistir.

 

 



publicado por HomoEconomicus às 00:01
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Quarta-feira, 21 de Março de 2007
Impostos
A polémica, ou guerra política, estalou com os nossos impostos, se devem manter-se até uma maior consolidação do défice orçamental ou descer já para estimular a economia  estilo "supply-side economics".

Se da parte dos mais credíveis em todas as áreas políticas, para além da própria UE, vem o "conselho" de esperar, quem pede para se descer os impostos esquece que, tal como nos anos de Reagan nos EUA, se a prazo a economia poderá talvez ganhar com a medida, no curto prazo tal agravará problemas orçamentais dos quais apenas agora e levemente recuperamos e onde não existe folga. E com o risco actual de que os unicos mecanismos de intervenção económica do governo são a política orçamental, nomeadamente ... impostos.

Quem quer saber algo mais sobre os nossos impostos pode ler artigos como este do Diário Digital (www.diariodigital.pt) que sintetiza a situação actual.

"Peso da receita fiscal em Portugal é inferior ao da UE

A receita fiscal portuguesa em percentagem do PIB mantém-se abaixo da média dos parceiros europeus, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat.

Na União Europeia alargada (UE-27) o peso global da receita fiscal (impostos + contribuições sociais) representa 40,8% do Produto Interno Bruto (41,2% na zona euro), enquanto em Portugal essa relação equivalia a 36,3%.

Tendencialmente, registou-se um aumento do peso da receita face a 2004, embora a curva dos últimos seis anos (2000-2005) se situe abaixo dos valores registados entre 1995 e 2000.

Tendo em conta as principais áreas da tributação, Portugal tinha a nona receita fiscal mais elevada no conjunto da UE-27 quando analisado o peso dos impostos sobre a produção e as importações (15,1%), face a uma média inferior a 14% na zona euro e no conjunto da UE, em 2005.

Quanto às restantes grandes categorias (impostos sobre rendimento e o património; contribuições sociais) o peso da receita fiscal no PIB português fica aquém da média obtida para as duas zonas de integração europeia. "

In Diário Digital. 20-3-07


publicado por HomoEconomicus às 22:59
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