Comentários e opiniões sobre a actualidade nacional e internacional, económica e não só.

Segunda-feira, 11 de Junho de 2007
Novo Aeroporto de Lisboa e país governado por juízes
A processo do Novo Aeroporto de Lisboa sofre uma nova alteração com o Governo agora a pedir no prazo de 6 meses (os opositores da Ota chegaram a falar que 3 meses era o necessário para um estudo comparativo) um estudo comparativo entre a Ota e Alcochete.

Tudo bem, todos os estudos se devem fazer mas espera-se que seja o último e depois se tome a decisão final e irreversível.

Quem ganhou e perdeu com tudo isto ? Como tudo, penso que no fim todos se irão declarar "vencedores".

- O governo recua ao aceitar fazer um novo estudo comparando Ota com Alcochete ?

- Ou o Governo sabendo e acompanhando o estudo de Van Zeller há 3 meses como o próprio afirma, mais a "coincidência" das palavras recentes de Augusto Mateus sobre Alcochete, quis "esticar a corda"  em relação às críticas por falta de estudos para "recuar" dizendo que vai fazer um estudo mas com isso anulando todas as críticas que se arrastavam ?

- Nem considero aqui os infelizes que continuam a querer manter o perigo de um aeroporto no meio da capital do país e a maravilha de ficarmos com dois aeroportozecos "regionais", Portela + 1 sendo este 1 uma linda incógnita devido a sobreposição de corredores aéreos,  e ainda com duplicação de custos de estrutura e funcionamento que existem independentemente da dimensão dos aeroportos.

Daqui a seis meses veremos quem realmente "ganha" ou "perde", mas é fácil de ver... quase todos "vencerão":

. Se a opção for Ota, o Governo dirá que se perderam 6 meses e dinheiro em novos estudos enquanto a oposição defenderá que graças a ela um estudo recomendou acima das dúvidas existentes o novo aeroporto. Existirão alguns "engenheros" que agora dizem que Alcochete, Poceirão e Rio Frio é  "a mesma coisa" mas que depois provávelmente virão "exigir"  estudos para Poceirão, Rio  Frio ou coisa do género. Mas aí já poucos os ouvirão.

. Se a Opção for Alcochete, o Governo considerará que foi bom ter recuado no  estudo, mas que o local escolhido  não foi aquele apontado por quase todos os opositores. A oposição considerará que venceu por o aeroporto não ser na Ota.

. E felizmente todos estarão de acordo sobre o fim da Portela. Os poucos com outra opinião serão irrelevantes em termos políticos e técnicos.

E todos viveremos felizes.

Governados por juízes

Agora existe a grande moda de levantar providências cautelares para impedir medidas tomadas por executivos camarários ou governamentais eleitos democráticamente.

Uma das mais célebres começou com o túnel do Marquês em Lisboa por Sá Fernandes (lista BE), que provocou o atraso da obra em largos meses e aumento de custos em centenas de milhões de euros que os portugueses irão pagar dos seus impostos enquanto quem colocou a providência cautelar é feliz vereador passando impune a tudo isto.

Agora são juízes, humanos como todos e com as suas simpatias políticas, opiniões sobre o que gostam de ter na sua comarca e tudo o resto que agora decidem políticas governamentais.

Juízes esses que ao contrário dos executivos, NÃO são eleitos e são práticamente inimputáveis nas suas decisões. A não ser que comecem também a ser eleitos.

Para acabar com estas palhaçadas existe uma solução simples. Quando alguém coloca levianamente por razões políticas, de interesse pessoal financeiro ou qualquer outro interesse, providências cautelares contra medidas de executivos eleitos e perdem em tribunal, devem arcar com TODAS as consequências do seu acto incluindo eventuais prejuízos para os executivos causados por essas providências cautelares.

Chega de fazerem os portugueses de estúpidos para pagarem com os seus impostos os custos do protagonismo bacoco de alguns que, por "coincidência", em geral obtêm  protagonismo gratuito e benefício pessoal directo ou indirecto com o seu acto.

Comece-se já a punir a irresponsabilidade ou será tarde de mais. O país paralizará com qualquer gato-sapato a colocar uma providência cautelar por não gostar algo ou não simpatizar com dado executivo.


publicado por HomoEconomicus às 15:17
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