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Os últimos dados da Educação são uma das maiores derrotas dos sindicatos de professores dos últimos anos. Demonstraram mais uma vez de que lado estava a razão contra as lutas de agenda política e cujo objectivo era sacar ainda mais benesses do Orçamento do Estado ou seja, dos impostos dos portugueses.
Sim, porque se os resultados abaixo apresentados até hipócritamente podem ser comentados pelos sindicatos como também ter sido esse o seu "objectivo", o que as suas reinvindicações nunca deram a entender, os sindicalistas queriam que fossem atingidos com custos ainda maiores para o país.
Uma das reivindicações então era extraordinária ou mesmo ordinária. Segundo os sindicatos se um professor faltasse o seu substituto devia receber horas extraordinárias. Que maravilha ... Era ouvir em muitas escolas a canção "Ora agora faltas tu, ora agora falto eu ..."
Como se sabe todos os dados nacionais e internacionais sobre o nosso sistema educativo provaram que a classe dos professores sendo das mais bem pagas da OCDE em termos absolutos e em paridade poder de compra (sendo Portugal dos países mais pobres da OCDE), tem sido das que menos horas trabalha, mais cedo se reforma e pior que tudo isto, piores resultados obtém.
Algo tinha que mudar e parece que começa a mudar.
in DN 15-05-07
"Os números da educação à prova de protestos
No ano passado, a população escolar cresceu pela primeira vez em quase uma década: ganhou mais de 21 mil alunos, o equivalente a 1,3%. O funcionamento das escolas públicas até às 17.30 generalizou-se: é uma realidade em 78% dos jardins-de-infância e em 89% das escolas do 1.º ciclo. As escolas com menos de dez alunos foram reduzidas a um quinto: os alunos estão reagrupados em menos 2463 estabelecimentos. Os chamados "furos" praticamente deixaram de existir: as aulas de substituição preenchem os tempos livres dos estudantes causados pelas faltas dos professores. E tudo isto foi feito com menos 8329 professores.
Estas são as conclusões do relatório anual da Inspecção- -Geral da Educação (IGE) sobre a organização do último ano lectivo, ontem reveladas. São dados concretos que não deixam dúvidas sobre os efeitos da reforma da educação. Até os sindicatos terão dificuldade em torturar os números e fazer com que estejam de acordo com os seus protestos e interesses."