Comentários e opiniões sobre a actualidade nacional e internacional, económica e não só.
Sexta-feira, 4 de Janeiro de 2008
As últimas
Este início do ano, vindo embalado do anterior, tem-se caracterizado por várias situações interessantes:
BCP
O rei ia nu, e provou-se que em termos de economia de mercado ainda não temos entidades reguladoras profissionalmente competentes, neste caso pelo falhanço do Banco de Portugal.
Aumentos e Reformas
Espera-se que as 2ªs não continuem a perder gás, todos perdemos com isso.
Existem muitos que tendo vista curta pensam que este Governo ou qualquer outro com políticas semelhantes são "exploradores", "fascistas", etc., etc. como se um Governo que ainda por cima vai a eleições não preferisse dar tudo a todos, hospitais e maternidades em cada porta, todos os serviços de Estado gratuitos, aumentos n vezes superiores à inflação, etc., etc. Só que é impossível financeiramente. Para serem tomadas medidas que podem significar derrota eleitoral é porque a condição e capacidades do país estavam num estado tal ... calculem.
Quanto aos que oferecem "novas políticas", tudo para todos e sem custos para ninguém e parvoíces semelhantes, é porque sabem que nunca terão que implementar o que prometem. E se verificarem os países que estão ou estiveram ideológicamente próximos dos que fazem promessas, esses países oferecem ou ofereceram um nível de vida aos seus cidadãos que fazem um português parecer no mínimo um luxemburguês.
Quanto aos aumentos, quanto mais pagamos pelos produtos ou serviços os preços que sejam reflexo dos custos reais melhor para todos. Com o Orçamento de Estado sucessivamente deficitário e a ter que acabar com isso (nenhuma família consegue estar em anos sucessivos a gastar mais do que recebe), quanto menos preços forem subsidiados ou comparticipados pelo Estado, com o que acabam por beneficiar TODOS, desde os que ganham 500 euros aos que ganham 50000 euros por mês, mais verba existirá para apoiar apenas os verdadeiros necessitados.
Exemplo ? O ensino superior é fortemente subsidiado sendo beneficiadas principalmente as famílias de classe média-alta e alta. Como resultado por falta de verba as bolsas de estudo para os verdadeiramente necessitados são miseráveis. O país não tem disponibilidades para financiar tudo, altas bolsas e baixas propinas, a não ser aumentando impostos. Aumentando as propinas, para muitas famílias tal não aquecia nem arrefecia, outras teriam alguma dificuldade colmatada pelas condições de apoio financeiro bancário e os verdadeiramente necessitados teriam bolsas dignas e úteis.
E os preços reais significam que diminuem desperdícios de consumo que acontecem quando os preços são artificialmente baixos.
Conta-se a história que na Ucrânia, quando ninguém pagava pelo gás natural da Rússia, as empregadas de manhã acendiam os 4 bicos do fogão e o esquentador e ficava assim todo o dia para quando fosse preciso utilizar. Porquê ? Os fósforos eram mais caros que o gás natural que era ... gratuito. Salvo as devidas proporções pensem por exemplo em desperdícios de energia eléctrica, água, gás, etc. quando os preços são mantidos artificialmente baixos.
PCP e CGTP
Só lendo ...
Lisboa, 04 Jan (Lusa) - "O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu hoje existir uma "visão muito convergente" com a CGTP quanto à "profunda inquietação sobre o agravamento da situação e de vida dos trabalhadores" e prometeu "uma intensificação da luta"."
Isto é novidade ? Pensam que os portugueses nunca viram essa "convergência", sendo a CGTP o PCP encapotado, tendo até Carvalho da Silva estado entre os possíveis candidatos a substituir Carvalhas como secretário-geral do PCP.
Depois é "luta e luta" para nos aproximar do regime cubano ou norte-coreano, ou talvez de uma URSS dos anos 50 ou 60. E claro um igualitarismo que entre outras coisas queria oferecer por exemplo serviços de Estado gratuitos para ... TODOS. Os mais ricos agradecem camaradas...