Comentários e opiniões sobre a actualidade nacional e internacional, económica e não só.
Quinta-feira, 26 de Abril de 2007
Criminalidade da extrema-esquerda
Assistiu-se no 25 de Abril a uma acção de criminalidade por parte desta vez da extrema-esquerda.

Uma manifestação ilegal no Chiado com actos de vandalismo, partir de montras e roubos, pintura de grafittis, arremesso de pedras e "very-light" e preparação de "cocktails molotov".

Não foi um acto político. Foi um acto criminoso por parte de delinquentes de delito comum.

Estes delinquentes tal como os gémeos do outro extremo, procuram nestas acções resposta à sua incapacidade de inserção na sociedade por limitações de ordem pessoal, académica, profissional  e psicológica.

Devem ser tratados como criminosos, como o devem ser os gémeos desavindos de ambas as extremas que cometam acções criminosas.

Porque são todos iguais...

Ambas as extremas são contra a globalização, capitalismo, UE, democracia, Estados Unidos, Israel e ambos simpatizam com o fundamentalismo islâmico mesmo que este os queiram inicinerar com a mesma vontade que quer incinerar todos os ocidentais.

O que os "diferencia" ? Uns querem todos os imigrantes, os outros nenhum. E pouco mais ...

E se largassemos todos estes extremistas nas Ilhas Selvagens e eles que lá resolvessem as suas desavenças e nos deixassem em paz ?



publicado por HomoEconomicus às 20:15
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Segunda-feira, 23 de Abril de 2007
Eleições Francesas
Realizou-se a primeira volta das eleições francesas.

Sarkozy, que apesar de tudo parece ser o que tem uma ideia mais coerente para a França venceu a primeira volta e provávelmente será o próximo Presidente da República.
Europeista convicto o que é sempre uma boa notícia.

Royal em segundo lugar. O surrealismo do que pretendia para a França levou a fuga de muitos votos dado que no séc. XXI já todos perceberam que não se faz omoletas sem ovos.
Queria entre outras coisas aumento de 19% do salário mínimo, proteccionismo prejudicial ao próprio pais, desejo de influenciar  políticamente um Banco Central Europeu que se quer independente e outras ideias "originais".

No fundo o desejo do socialismoarcaico de mais e mais Estado, mais e mais despesa,  e depois quem pagava eram os  contribuintes franceses os custos directos e indirectos da implosão económica que aconteceria. E nós também.

Bayrou. Uma lufada de ar fresco da diferença, embora com poucos alicerces. Ficará com peso negocial nas próximas legislativas.

Le Pen. O grande derrotado. Os apaniguados da extrema-direita em todo o mundo imaginavam tendo em conta as últimas eleições presidenciais que a tendência seria sempre a subir, que os "amanhãs que cantam" da extrema-direita seriam impossíveis de travar. E os tumultos dos últimos anos, nos suburbios de Paris e não só, pareciam ser o que era necessário para a marcha vitoriosa. Foi antes uma derrota que matou políticamente Le Pen.

Estes resultados demonstraram o que já se sabia. A extrema-direita não consegue votos pelos seus méritos mas apenas quando existe demérito dos restantes, como voto de protesto e pouco mais. Tal aconteceu nas últimas eleições contra os arcaicos e desgastados Chirac e Jospin. Se existem alternativas, a extrema-direita cai.

Assim como é sabido que quanto maior a percentagem de votantes numas eleições menor a percentagem de votos nas facções extremistas. Fácil de perceber porquê.


publicado por HomoEconomicus às 00:21
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Terça-feira, 17 de Abril de 2007
O algodão não engana
Por muito que muitos reclamem e barafustem, incluindos ambos os gémeos desavindos (apresentados mais à frente) a Economist, revista conhecida pela sua qualidade de análise, explica os problemas do nosso país na edição de 12 de Abril.

Basta ler ... num artigo em que chamam a Portugal "O novo homem doente da Europa".

"...Portugal has suffered more than Spain from higher oil prices. Its unit labour costs have risen sharply, whereas Germany's have fallen. Until recently, it has suffered a big drop in demand in its main export markets, especially Germany. Spain's economy has been buoyed by a construction boom fuelled by rising immigration. Renewed political instability has also taken a toll: on average governments in Lisbon have lasted just two years since the return of democracy in 1974.


But the biggest difference is that Spain reformed its public sector and disciplined its public finances before joining the euro, not afterwards. When interest rates fell and released a surge of growth in the late 1990s, Portugal responded with an expansionary fiscal policy instead of taming its deficit. This was Portugal's big missed opportunity: one that Mr Sócrates is now seeking, belatedly, to remedy."

"
in Economist

http://www.economist.com/world/europe/displaystory.cfm?story_id=9009032

e os gémeos desavindos

Sendo aqui defendida a tese de que a extrema-esquerda e extrema-direita são gémeos desavindos, com objectivos semelhantes e estratégias diferenciadoras para atrair os seus clientes como autênticos profissionais do marketing, basta ler no jornal o Público um extracto de uma letra de uma "canção" daquelas muito do agrado da extrema-direita.

“a um povo que se quer unir para combater o sionismo, um povo que se quer juntar ao
socialismo nacional”, apelando à luta pela Europa, à reunião da “tua cultura e da tua raça”"

Tirando o folclorismo e tentativa diferenciadora da "raça" e similares, no fundo extrema-esquerda e extrema-direita lutam pela mesma ditadura socialista ou naciona-socialista (nazi) ... Como até Hitler e Estaline nos ensinaram no século passado.


publicado por HomoEconomicus às 22:33
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Segunda-feira, 16 de Abril de 2007
Políticas...
ADSE

Ante referência do ministro da saúde a uma possível privatização da ADSE tal como foi feito em Espanha com bons resultados para os utentes (que é o que interessa), logo indignações ideológicamente dogmáticas apareceram por aqui e por ali.

Daqueles para os quais o que interessa é mais Estado, mais funcionários públicos, mais despesa e se estão nas tintas para saber se privatizando a ADSE o serviço não seria o mesmo com menores custos ou mesmo superior mantendo os mesmos custos, beneficiando de qualquer forma os utentes.

O que interessa aos ideólogos é o dogma, nada mais.

REFERENDO
Cavaco Silva veio dizer o que todos sabemos. Foi estupidez "prometer" um referendo sobre o Tratado Constitucional da União Europeia quando está mais que provado pelos vários referendos que os portugueses se estão nas tintas para os mesmos e elegem os seus representantes na Assembleia da República para eles resolverem os problemas e não os devolverem através de referendos.

Ainda mais neste país onde veio a "moda" que qualquer que seja a percentagem de votos no referendo, o resultado é o "sentir político" em vez de pura e simplesmente significar que o referendo não é vinculativo pelo que a AR pode legislar como quiser.

Já nem falando daqueles que consideram referendos com menos de 50% de votantes "vinculativos" ou "não-vinculativos" conforme o resultado.

Porque com a "moda", todos os grupelhos "do contra" se quiserem paralizar decisões basta invocarem um referendo sabendo que o facilitismo que está por detrás do apenas "ser do contra" com um bocado de sorte levará a parar decisões sem mostrar alternativa, como ficou provado com o referendo sobre a IGV de 1998.

UI
Em política fica mais uma vez demonstrado que o ser e o parecer são igualmente importantes, ainda mais para um primeiro-ministro que deve ser cauteloso nesse aspecto.

Mas sinceramente, será que o centro-direita quererá Marques Mendes em vez de Sócrates como Primeiro-Ministro ?

NUCLEAR
Sobre a energia nuclear não devem existir dogmas ou tabus. Se for atraente em termos de custo/benefício deve avançar para diminuir as nossas emissões de CO2 e parte da dependência do petróleo. Porque as energias "verdes" não darão para tudo.

PRESIDÊNCIA DA UE E MANIFESTAÇÕES
Começam já a pulular as organizações sindicais e outras para as quais Portugal ou o prestígio do país estão e sempre estarão em último lugar e que vêm a nossa presidência da UE como forma de chantagear o Governo e sacar o máximo do que no fundo é o dinheiro dos portugueses cobrado através dos impostos.
Uma vergonha.


publicado por HomoEconomicus às 10:56
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Extremismos do costume
Os últimos tempos assistiram a uma movimentação "interessante" do Marquês de Pombal, trazendo a lume grupos extremistas de ambos os lados do espectro político pelas piores razões...

- Tivemos um cartaz anti-imigração da extrema-direita, a que se seguiram pinceladelas da extrema-esquerda e por fim um cartaz que tratou o assunto da única forma que merece ser tratado, com humor e ironia.

- Tivemos as habituais ameaças de vingança e morte por parte de elementos ligados ao partido do cartaz, com as autoridades SIS, PSP, GNR, PJ a garantirem-nos o que já sabemos. Que quem tem como programa derrubar democracias ou apelos considerados de apelo à criminalidade estará sempre  mais que vigiado e controlado, nacional e internacionalmente, dado que as democracias do séc. XXI não são ingénuas.

- Tivemos um novo cartaz que fala da democracia ... esquecendo que o "coloca cartazes, estraga cartazes" é uma "guerra" apenas entre a extrema-direita e a extrema-esquerda, que no fundo tirando as diferenças de marketing necessárias ambas desejam ditaduras de características semelhantes seja nacional-socialista, comunista ou fascista. Falar ou apelar à democracia por parte de qualquer destas forças é hipócrita e patético.

- Tivemos o líder do partido da extrema-direita numa entrevista à Sábado a mostrar as incoerências entre o que procura responder de forma políticamente correcta  à revista e o que defende através do partido, nomeadamente serem contra toda e qualquer imigração, racistas, xenófobos, chavinistas, antisemitas e contra a União Europeia e Euro dos quais querem que Portugal saia ou que tanto a instituição como a moeda desapareçam.

E porque razão cada vez mais os partidos da extrema-direita procuram dourar a pílula dos seus "desejos" ? Afinal agora até são "apenas" contra a imigração ilegal (dado que apenas a extrema-esquerda quer o "entra tudo") por exemplo ? Porque nos países onde a extrema-direita chegou ao governo, o pragmatismo do gosto pelo poder levou no máximo a alguma maior severidadesobre a imigração ilegal, natural nestes tempos dado a crescente dimensão do fenómeno e nada de expulsões de todos os imigrantes, saídas da UE, do euro, ... ou seja, montanhas a parirem ratos entre a retórica e a prática.

- Finalmente tivemos Nuno Rogeiro na revista Sábado a referir os "nacionalistas e patriotas do séc. XXI" que estão preocupados e não quererem confundir-se com o racismo, xenofobia e chauvinismo do PNR/FN. A considerá-los mesmo "grupelhos" racistas, "supremacistas" e nazis num claro distanciamento em relação aos mesmos.

Curioso, se cada partido de extrema-direita em cada país no fundo defende tudo isto embora não seja políticamente correcto dizê-lo, o que dirão uns dos outros em privado ? O que pensarão os "supremacistas" alemães ou nórdicos dos portugueses latinos e com algum ou muito DNA árabe ? Ou os "chauvinistas" franceses dos portugueses. O próprio Le Pen parecia estar-se nas tintas para os "camaradas de luta" nacionais.


publicado por HomoEconomicus às 10:36
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Quarta-feira, 4 de Abril de 2007
Economia e Impostos

No passado dia 2 de Abril no programa da RTP Prós e Contras sobre Economia e Impostos,  todos vimos onde estava a credibilidade do discurso, da forma de apresentar o que estava em causa. Essa credibilidade era do Prof. Campos e Cunha.


Que no fundo disse muito do que qualquer aluno de economia acima da média, e talvez mesmo mediano, percebe.


Que se é asneira utilizar as boas notícias sobre o défice (ficou em 2006 nos 3,9% em vez dos 4,6% previstos) para desacelerar as reformas necessárias que levem a diminuição do peso da despesa do Estado, também será asneira aproveitar para baixar impostos.


A descida de impostos levará ... talvez, se, vamos a ver, prevê-se, a teoria, ... a uma “melhoria” da economia, deixando o combate ao défice sem qualquer “almofada” para qualquer deslize da evolução económica dado que a descida de impostos garantidamente não garante nada. Já nem falando de comunicarmos ao Ecofin que iriamos baixar impostos mesmo sem antingirmos um défice abaixo dos 3%, com a consequente queda de credibilidade dado que naturalmente pensariam que andávamos a brincar.

Quando se diz que se devia baixar impostos para o Estado ser “obrigado” a descer despesa, pode-se usar o mesmo raciocínio para dizer que descer o IRC, tal como antigamente com a desvalorização do escudo, é a defesa das empresas para não investirem no aumento de produtividade.


Mas mais disse Campos e Cunha. Que será asneira, óbviamente, baixar impostos em 2009  se a economia estiver a crescer lá para os 3%. Porque essa descida naturalmente irá sobreaquecer a economia, aumentar o consumo com consequências no défice comercial, inflação, ...


Os impostos devem descer quando a taxa de crescimento do PIB for muito baixa (menos de 1%) e o défice do Estado também (foi dado exemplo dos 1,5%). E não noutras alternativas surrealistas.


Do antigo ministro das Finanças Miguel Cadilhe veio a ideia de que Portugal devia ter entrado no Euro “mais tarde” ... provávelmente ainda nem teriamos entrado agora... porque o Euro ia valorizar tornando Portugal pouco competitivo.


Por essa maneira de ver, nunca mais entrariamos porque se não entrávamos com o Euro fraco dos primeiros anos, muito menos agora.


Esquecendo que :


. é o Euro, e o Euro forte, que obriga as empresas portuguesas a procurarem ser competitivas talvez recordando que a Alemanha, maior exportador europeu, que sempre teve um marco forte.


. que a não entrada no Euro para se poder desvalorizar o escudo para nos manter “competitivos” levava ao ciclo vicioso de os empresários não apostarem na subida da produtividade e os trabalhadores esperarem subidas de salários acima dos crescimentos da  produtividade porque tal e a inflação seriam “combatidas” com desvalorizações. Claro, um “remédio” muito do agrado de muita da nossa indústria e respectivos empresários. É a lei do menor esforço do costume.


Já nem se falando dos benefícios para o país de uma taxa de juro com valores de um digito, menos de 5%, contra os esperados dois digitos e mais perto da 2ª dezena se ainda tivessemos o nosso escudo, ainda mais em desvalorização sempre que preciso.

E um euro forte... qual o impacto por exemplo nas importações, principalmente de ... petróleo ?


Claro que naturalmente Cadilhe reconheceu que agora a saída de Portugal do Euro seria má. Digo mais, seria o desastre, a implosão económica do país. Nem o FMI saberia como reconstituir os cacos.


Em suma ... programa interessante de assistir.

 

 



publicado por HomoEconomicus às 00:01
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