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Quarta-feira, 18 de Julho de 2007
Congonhas (S. Paulo) e Portela (Lisboa)
O que aconteceu em S. Paulo é infelizmente um aviso àqueles que pretendem manter Portela a todo o custo, com maior frequência de voos e todos riscos associados.

Claro que Congonhas está mais rodeado de construção do que Lisboa.

Mas todos  conhecem o trajecto de muitas aterragens, sobre zonas do Hospital Santa Maria, Campo Grande, Av. Roma, Av. Brasil ou Gago Coutinho, sobre a 2ª circular.

Se existirem dificuldades ... basta ler um artigo do Expresso há anos sobre a simulação da queda de um avião entre o Campo Grande e o Aeroporto.

Faz o incêndio do Chiado parecer fogueira de meninos. N vezes maior que o Chiado com centenas ou milhares de mortos, destruição física brutal daquela zona, rotura de canalizações de gás a levarem a incêndios e explosões, etc., etc.

E o levantar dos aviões não é muito diferente como se sabe.

Esperemos que nunca venha a acontecer nada em Lisboa, não quero provar o erro dos defensores da "Portela + 1".

Mas se infelizmente acontecer, pelo menos que as vítimas no avião e em terra fossem constituidas apenas pelos defensores do Portela + 1, para irónicamente verem demonstrado o seu erro.

Mas isso infelizmente também não sucederá...


Fonte : GoogleEarth

Estranha-se também que exista quem considere Lisboa uma cidade falhada. Que basta não ter o aeroporto no seu interior para deixar de ter visitantes, incluindo os chamados "short-breaks".

Que quem quer visitar Lisboa (ou qualquer outra cidade nacional ou europeia), terá tanto interesse em fazê-lo que se o aeroporto ficar a mais 20 minutos, 30 minutos de distância do centro deixa de o fazer.

Argumentos de quem não tem outros argumentos, nada mais.

Não esquecendo que do aeroporto à Baixa pode demorar-se mais tempo que de comboio entre a Ota ou Alcochete até S. Apolónia ou mesmo Rossio.


publicado por HomoEconomicus às 11:35
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5 comentários:
De SangueOculto a 22 de Julho de 2007 às 12:05
Este post não deixa de ser interessante
Se formos a pensar na questão de segurança, o aeroporto de Lisboa não devia ter lugar na Portela, mas sim noutra zona, mais alargada e longe do centro. Por muito que a Portela seja realmente segura, tenha planos de segurança estruturados e funcionais, um acidente semelhante ao que aconteceu em S. Paulo é passível de acontecer da mesma forma aqui. E no perímetro do aeroporto um avião que tenha uma decolagem arriscada pode ter como alvos tão preferenciais como perigosos (estação de serviço da Repsol, a Segunda Circular) se fizer rigorosamente o mesmo movimento aéreo do avião da TAM.
Se formos por questões turísticas e fácil acesso a Portela está bem posicionada estratégicamente. Mas, assim, ignoramos a questão segurança que referi anteriormente. Se o projecto OTA (ou outro semelhante) for para a frente, só resulta (no plano mais seguro possível) se no redor do futuro aeroporto de pelo menos 5 a 7 km, o Estado ou a autarquia local proíbisse a construção de qualquer tipo de construções.
Se assim não for, deixemos nos ficar apenas com a Portela (e esperar que nada aconteça). É que, quando se falava muito na OTA, já havia em curso determinadas especulações imobiliárias.

Muito importante e sério:Não se pode comparar Portela com Congonhas. Só têm em comum estarem no centro na cidade e têm uma via rápida ao lado do aeroporto. Em questões de planos de segurança, Portela tem pistas de escapatória em casos de aterragens mal sucedidas (o que faltou a Congonhas), o "groving" em dias de chuva (o que faltou a congonhas) e é um aeroporto com condições a nível internacional


De HomoEconomicus a 22 de Julho de 2007 às 20:41
Inteiramente de acordo.

Para evitar um "cerco" urbanístico ao aeroporto com todos os riscos associados, talvez Alcochete seja mais apropriado. Não sei qual a "construção" já prevista ou comprometida em torno da Ota.


De HomoEconomicus a 24 de Julho de 2007 às 20:15
Concordo plenamente.

A minha comparação não era sobre a pista em si mas pelos obstaculos de percurso por exemplo nos corredores de aterragem caso haja um azar, um problema que leve a queda repentina de altitude do avião.



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