Comentários e opiniões sobre a actualidade nacional e internacional, económica e não só.
Sábado, 14 de Julho de 2007
O logro
Cada vez mais portugueses começam a ver o logro do chamado "sindicalismo" português.
Este "barrete" que enfiamos e pagamos dos nossos bolsos tem que acabar.
Querem ser "sindicalistas", a maior parte telecomandados por partidos da extrema-esquerda sejam mas do seu próprio bolso.
Na verdade, os "sindicalistas" portugueses por detrás da retórica de "defesa dos trabalhadores" vendem-se desde que recebam benesses do Estado a ver com os seus próprios interesses.
Uma vergonha.
"... A liberdade sindical implica a liberdade de os trabalhadores constituírem sindicatos para defender os seus interesses. Mas implica também o direito de cada cidadão de não ser forçado a financiar sindicatos de que discorde. A lei actual concede aos sindicatos da função pública benesses que são pagas involuntariamente pelos contribuintes.
As benesses concedidas por lei aos sindicatos acabam por prejudicar os próprios trabalhadores porque permitem que os sindicatos se desliguem das pessoas que supostamente representam.
A partir do momento em que grande parte da actividade sindical é financiada por essas benesses, os sindicalistas deixam de precisar das suas bases de apoio.
E com o tempo, e por causa da assimetria de informação entre os dirigentes especializados em negociações e os restantes trabalhadores, os interesses dos dirigentes sindicais entram em conflito com os dos trabalhadores. Os líderes sindicais passam a usar o poder do sindicato para negociar os seus próprios interesses em detrimento dos interesses dos trabalhadores.
Não é por acaso que a valorização das carreiras sindicais aparece numa negociação sobre a avaliação da função pública. Esse é o tema que mais interessa aos dirigentes sindicais, mas muito provavelmente o que menos interessa ao trabalhador comum."
in DN-140707 - João Miranda